quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Estado de Mato Grosso: Pecuária em Alta (28.769.469 cabeças – o maior rebanho do Brasil)


Em novembro e dezembro do ano passado, o pecuarista de Mato Grosso vacinou contra a febre aftosa 99,74% de seu rebanho bovino e bubalino de mamando a caducando, com 28.769.469 cabeças – o maior do Brasil - que pastam nas invernadas ou recebem trato nos confinamentos dos 141 municípios do Estado. O índice e o número foram revelados ontem, pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Jilson Francisco.

Tecnicamente o índice da cobertura vacinal é de 100%, muito embora estatisticamente 74.196 cabeças não tenham recebido a dose da vacina. Esse número resulta de mortes de animais entre a penúltima aplicação da vacina e a última, que ocorreu no final do ano e, até mesmo, a omissão de pecuaristas na comunicação do cumprimento do calendário sanitário ou na sua não observação.

O rigor sanitário no controle do trânsito animal impede que bovinos e bubalinos sejam transportados sem comprovação de vacina. Esse fato tranquiliza a pecuária, porque os pequenos lotes que não foram vacinados são mantidos em áreas isoladas dentro dos limites das propriedades e, em ações especiais do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea) serão vacinados o mais rápido possível.

O quantitativo do rebanho é animador e registra crescimento proporcional de 5% em relação ao ano anterior, quando em números absolutos era de 27.294.923 cabeças. Essa situação indica que a cadeia pecuária estadual se recupera dos duros golpes sofridos com o fechamento de plantas frigoríficas instaladas em várias cidades, que baixaram as portas suspendendo abates, dando calote e entrando na Justiça com pedidos de recuperação judicial.

Para alcançar o índice de vacinação que lhe assegura excelente quadro sanitário animal Mato Grosso desenvolveu ao longo de 15 anos uma rígida e constante política para o setor em sintonia com o Ministério da Agricultura, que foi compartilhada pelo pecuarista e os demais elos da cadeia pecuária. Nesse período, nenhum foco de aftosa foi notificado e esse fato foi decisivo para estimular a atividade, o que se traduziu no aumento do quantitativo do rebanho.

Mesmo com o índice de cobertura vacinal alcançado e com o expressivo quantitativo do rebanho, Mato Grosso não pode se descuidar. A continuidade do rigor da política sanitária é imprescindível para se impedir o ressurgimento da aftosa, como ocorreu em várias oportunidades nos últimos anos nos vizinhos Mato Grosso do Sul, Amazonas e Pará, onde se fez preciso o uso de rifle sanitário com incineração de carcaças em valas especialmente abertas para tanto.

O desempenho econômico da qualidade sanitária do rebanho pode ser mensurado pelo volume de carne exportada para os quatro cantos do mundo, por sua presença na política de segurança alimentar nacional e pelo fortalecimento da agroindústria.

Seu aspecto social é visível na geração de empregos, sobretudo da porteira das propriedades rurais para fora, que é onde a pecuária mostra seu imbatível lado humano.

“Mato Grosso desenvolveu ao longo de 15 anos uma rígida e constante política para o setor”

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