segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Desaparecido Político: Lucimar Brandão Guimarães (Lambari - MG)

Desaparecidos Políticos a
Partir de 1964

Lucimar Brandão Guimarães

Militante da VANGUARDA ARMADA REVOLUCIONÁRIA (VAR-PALMARES).

Nasceu em Lambari, sul de Minas, no dia 31 de julho de 1948, e filho de Leovigildo Guimarães, onde passou sua infância, . Estudou no Colégio Pedro II, participou da Juventude Estudantil Católica –JEC – e foi líder estudantil secundarista no Rio de Janeiro Militante do PCB, de onde saiu para uma dissidência chamada Núcleo Marxista Leninista – NML – e, posteriormente, filiou-se à – VAR-Palmares. Saiu do Rio de Janeiro em fins de 1969, indo morar em Belo Horizonte no apartamento 1603 do edifício Araguaia, Avenida Augusto de Lima n° 136 – Centro. . Usava os codinomes de Calixto e Antunes que acabaram virando Calixto Antunes, no momento de sua prisão, em Belo Horizonte. Foi preso no dia 26 de janeiro de 1970, no apartamento onde residia, com os companheiros José Roberto Borges Champs, Antônio Orlando Macedo Ferreira, João de Barros e Artur Eduardo Consentino Alvarez. Foi visto pela última vez pelos seus companheiros quatro dias depois de sua prisão, quando chegava escoltado à penitenciária Magalhães Pinto, em Neves. 


Submetido a torturas teve a coluna vertebral quebrada, o que o manteve deitado até sua morte, no dia 31 de agosto de 1970, no Hospital Militar de Belo Horizonte. Os companheiros de Lucimar souberam, através de carcereiros, na época, que ele definhou no Hospital Militar no período de março a agosto. Sua morte foi atribuída a ferimentos sofridos por ocasião de um grave acidente ocorrido com o veículo que o transportava e que teria capotado, segundo nota oficial dos órgãos de segurança.

Essa mesma notícia foi repassada aos companheiros de prisão pelo Capitão PM, Pedro Ivo, em março de 1970.
 

A denúncia de sua morte, sob torturas, foi feita no boletim de março de 1974 pela Anistia Internacional.

(Do site do Grupo Ufológico de Lambarí)

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Estado de Mato Grosso: Pecuária em Alta (28.769.469 cabeças – o maior rebanho do Brasil)


Em novembro e dezembro do ano passado, o pecuarista de Mato Grosso vacinou contra a febre aftosa 99,74% de seu rebanho bovino e bubalino de mamando a caducando, com 28.769.469 cabeças – o maior do Brasil - que pastam nas invernadas ou recebem trato nos confinamentos dos 141 municípios do Estado. O índice e o número foram revelados ontem, pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Jilson Francisco.

Tecnicamente o índice da cobertura vacinal é de 100%, muito embora estatisticamente 74.196 cabeças não tenham recebido a dose da vacina. Esse número resulta de mortes de animais entre a penúltima aplicação da vacina e a última, que ocorreu no final do ano e, até mesmo, a omissão de pecuaristas na comunicação do cumprimento do calendário sanitário ou na sua não observação.

O rigor sanitário no controle do trânsito animal impede que bovinos e bubalinos sejam transportados sem comprovação de vacina. Esse fato tranquiliza a pecuária, porque os pequenos lotes que não foram vacinados são mantidos em áreas isoladas dentro dos limites das propriedades e, em ações especiais do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea) serão vacinados o mais rápido possível.

O quantitativo do rebanho é animador e registra crescimento proporcional de 5% em relação ao ano anterior, quando em números absolutos era de 27.294.923 cabeças. Essa situação indica que a cadeia pecuária estadual se recupera dos duros golpes sofridos com o fechamento de plantas frigoríficas instaladas em várias cidades, que baixaram as portas suspendendo abates, dando calote e entrando na Justiça com pedidos de recuperação judicial.

Para alcançar o índice de vacinação que lhe assegura excelente quadro sanitário animal Mato Grosso desenvolveu ao longo de 15 anos uma rígida e constante política para o setor em sintonia com o Ministério da Agricultura, que foi compartilhada pelo pecuarista e os demais elos da cadeia pecuária. Nesse período, nenhum foco de aftosa foi notificado e esse fato foi decisivo para estimular a atividade, o que se traduziu no aumento do quantitativo do rebanho.

Mesmo com o índice de cobertura vacinal alcançado e com o expressivo quantitativo do rebanho, Mato Grosso não pode se descuidar. A continuidade do rigor da política sanitária é imprescindível para se impedir o ressurgimento da aftosa, como ocorreu em várias oportunidades nos últimos anos nos vizinhos Mato Grosso do Sul, Amazonas e Pará, onde se fez preciso o uso de rifle sanitário com incineração de carcaças em valas especialmente abertas para tanto.

O desempenho econômico da qualidade sanitária do rebanho pode ser mensurado pelo volume de carne exportada para os quatro cantos do mundo, por sua presença na política de segurança alimentar nacional e pelo fortalecimento da agroindústria.

Seu aspecto social é visível na geração de empregos, sobretudo da porteira das propriedades rurais para fora, que é onde a pecuária mostra seu imbatível lado humano.

“Mato Grosso desenvolveu ao longo de 15 anos uma rígida e constante política para o setor”